Os dias passam lentos pra quem espera... São como bolhas de sabão a flutuar no ar, no quase explodir a cada instante. E é mais lento ainda o tempo pra quem espera sem saber o que... É uma agonia incessante que vai crescendo.
Fica a impressão que nunca chega... o não encontro. O eco espalhando-se no espaço, no vazio.
São como os ponteiros do relógio avançando. O tempo como a areia de uma ampulheta se esvaindo rumo ao nada. Mais difíceis são os que esperam em real-time, ao vivo e a cores, no século XXI, onde as pessoas se acostumam a respostas imediatas, a conexão instantânea e indolor.
Pra quem espera, a espera nunca acaba, os minutos se multiplicam como Gremilins, como praga no jardim. Como os incontáveis tijolos da pirâmide de Gizé... Quem espera, cansa... Tortura a esperança, como se torcesse o pano de limpar o chão na busca de retirar-lhe a última gota .
É difícil a vida pra quem espera.... Fica a sensação de que é preciso fazer algo... Mas o que? Que é preciso ir para algum lugar... Mas pra onde? A impressão de que existe a resposta certa, o caminho certo, a direção certa, .... mas não se sabe qual.
Se espera pelo momento, pelo instante mágico onde tudo se faça claro... que encaixe nos eixos, que a resposta venha como que uma luz divina inspirando a essencia do ser. Espero este momento que eu sei que saberei... e nesta hora tudo fará sentido e me encontrarei novamente em paz.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
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