Ele que vinha feliz e pululante, ele que vive da alegria e da fé. O amor que acredita em tudo, perdoa tudo e não desiste nunca. Ele que vê esperança onde os outros só vêem desespero. Pois é, ele mesmo, o amor, morreu.
Morreu jovem, tinha 6 meses ou nem isso. Não digo que não teve uma vida intensa, o amor sempre tem uma vida intensa. Ele foi feliz e completo, pelo menos nos instantes em que estava feliz e completo. Ele foi cúmplice, juiz, pai e mãe, amigo e companheiro.
Não digo que não tenha sofrido, pois amor que é amor sempre sofre. As vezes por coisas que nem sei. Mas este amor, morreu de tristeza, de sofrimento cronico, de perder uma de suas principais capacidades, a capacidade de acreditar. Morreu envenenado pela mentira, pelo descaso as coisas belas e ao que era importante, morreu por que se quis e assim foi.
De tantos caminhos que poderia seguir, ele foi encaminhado para o pior, o da desilusão e o da morte. Morreu triste, mas com a certeza de que viveu. Viveu e tentou, acreditou até onde não poder mais, sentiu, tentou, buscou. Morreu a morte dos justos, de quem tenta até o limite.
Jaz aqui o amor, que um dia foi belo, intenso e majestoso. Que um dia pensou poder viver pra sempre, mas que não foi alimentado como devia. Morreu de inanição.
Aqui jaz o amor!
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