terça-feira, 9 de novembro de 2010

O dia em que o amor morreu

O amor morreu. Mas não morreu de morte matada, meus senhores, minhas senhoras. Nem de morte morrida, se assim posso dizer. Morreu de tristeza, descaso e mentira. Pela autopsia, morreu envenenado.

Ele que vinha feliz e pululante, ele que vive da alegria e da fé. O amor que acredita em tudo, perdoa tudo e não desiste nunca. Ele que vê esperança onde os outros só vêem desespero. Pois é, ele mesmo, o amor, morreu.

Morreu jovem, tinha 6 meses ou nem isso. Não digo que não teve uma vida intensa, o amor sempre tem uma vida intensa. Ele foi feliz e completo, pelo menos nos instantes em que estava feliz e completo. Ele foi cúmplice, juiz, pai e mãe, amigo e companheiro.

Não digo que não tenha sofrido, pois amor que é amor sempre sofre. As vezes por coisas que nem sei. Mas este amor, morreu de tristeza, de sofrimento cronico, de perder uma de suas principais capacidades, a capacidade de acreditar. Morreu envenenado pela mentira, pelo descaso as coisas belas e ao que era importante, morreu por que se quis e assim foi.

De tantos caminhos que poderia seguir, ele foi encaminhado para o pior, o da desilusão e o da morte. Morreu triste, mas com a certeza de que viveu. Viveu e tentou, acreditou até onde não poder mais, sentiu, tentou, buscou. Morreu a morte dos justos, de quem tenta até o limite.

Jaz aqui o amor, que um dia foi belo, intenso e majestoso. Que um dia pensou poder viver pra sempre, mas que não foi alimentado como devia. Morreu de inanição.

Aqui jaz o amor!


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