Mais uma noite dormida em um ônibus semi leito. Cuzco - Arequipa foi uma viagem tranquila. Chegamos cedo na cidade diretamente em um terminal VIP pela empresa Cruz del Sur. Muito boa por sinal.
Lá, fomos super bem recepcionados e conseguimos reservar um albergue, ter idéia de passeios a fazer e comprar as passagens para o dia seguinte tudo a partir da recpção da Cruz del Sur. Uma comodidade incrível. De lá fomos levados por um ótimo albergue do lado da praça de armas.
O albergue ficava a 2 lances de escada do térreo, mas como eu estava craque em subir escadas, praticamente, nem reparei... rrsrrs.
A cidade de Arequipa fica a um pouco mais de 2 mil metros de altura, e tem várias atrações. Uma das principais delas é o Cannyon del Colca, onde conforme diz a lenda, os condores voam sobre as nossas cabeças. Como nós havíamos chegado cedo na cidade, foi possível aproveitar bem o tempo. De manhã descansamos, e a tarde pegamos um tour de 4 horas pela cidade.
O tour foi bem meia boca, com seu ponto alto no passeio de cavalo da Betinha, e na participação como penetra na celebração de um casamento na cidade. As paisagens eram bem bonitas!!!
No dia seguinte, acordávamos as 2 da manhã para pegarmos um ônibus que nos levaria ao famoso Canyon. Iriamos dividir o micro ônibus com 2 alemães, 2 brasileros, e 2 peruanos, fora um guia que era um entojo de chato, com um motorista igual. A nossa progaramação seria um dia inteiro no Canyon del Colca e cidades na cercania.
Chegamos a cidadezinha de Chivay que seria a base do nosso passeio. De lá seguiriamos ao mirante Cruz del Condor que ficava a quase 4 mil metros na tentativa de olhar os magnificos condores. A vista do Canyon é magnifica. Ele tem uma profundidade que em alguns pontos chegam a 1.600 metros de desnível, e a paisagem fica de tirar o fôlego literalmente.
Infelizmente, não conseguimos ver nenhum Condor de perto, o máximo que vimos foram alguns deles bem lá embaixo do Canyon, o que gerou inúmeras brincadeiras de nossa parte. Acho que chegamos cedo demais no local. Mas mesmo sem ter visto os condores, a viagem tinha valido a pena.
Por fim, passamos ainda num vilarejo e nas termas onde podemos relaxar um pouco. E o final do passeio foi uma subida até os 5.000 metros de altura (desta vez de carro), onde eu estabeleceria o meu novo recorde de altitude!!! Lá em cima, não se pudia ver nada, apenas nuvens, e o vento era bastante forte.
Chegamos de volta a cidade, arrumamos as malas e seguimos para a nossa próxima cidade, que seria São Pedro de Atacama. O ponto é que a saída do Peru seria mais complicada que imaginávamos. Não há ônibus direto de Arequipa a São Pedro, na verdade, teríamos que fazer algumas paradas, a primeira delas na cidade histórica de Tacna, ainda no Peru, na fronteira com o Chile. Lá chegaríamos as 4:00 da manhã. Estávamos nos especializando em chegar no meio da madrugada nos lugares.
A viagem até Tacna foi relativamente tranquila. Ao chegarmos na cidade, tivemos que pegar uma espécie de taxi coletivo até a fronteira. O taxi ia cheio e cobrava um preço fixo por pessoa. Acabamos de dividir ele com 2 franceses, que não falavamo praticamente nada em espanhol. Duas figuras.
Chegamos na fronteira umas 5:20 horário peruano, e teriamos que aguardar até as 6:00. No Chile, a diferença de horário era de 2 horas, e o horário local seria as 8:00. Atravessar do Peru pro Chile é bem embassado, aliás, tudo no Chile neste aspecto é um exagero de desconforto.
Após a revista de nossas malas e passaportes, chegamos finalmente ao outro lado da fronteira, e seguimos de taxi a cidade de Arica, primeira cidade litorânea de todo o trajeto. A cidade de Arica não estava em nosso roteiro e a idéia era só passar por ela para chegar a Santiago. Mas ao chegar na rodoviária a primeira surpresa. Não havia ônibus matinais para São Pedro, na verdade, só havia um único horário pra cidade, o das 20h00. Desta forma, o primeiro grande imprevisto acontecia: Não conseguiriamos chegar no dia planejado em São Pedro, e atrasaríamos em 1 dia a nossa viagem. Como tinhamos avião marcado, teríamos que compensar este dia de alguma forma....
Enfim, estávamos presos em Arica, e decidimos por tomar proveito da situação. O novo moto era: Vamos a la playa, oooo, vamos a la playa, oooo.
Colocamos as nossas mochilas em um locker, pegamos a nossa mochilas de caminhada e seguimos para conhecer a cidade e nos banhar nas gelidas aguas do Pacìfico.
A cidade é bacaninha, achei interessante visitar uma igreja que havia sido projetada por Gustave Eifell, este mesmo da torre de Paris. Os traços dele são marcantes e vi algumas similaridades tanto com a Torre como com a ponte também dele na cidade de Porto.
No final passamos o dia na praia, deitadão por horas a fio. Eu tentei entrar no mar, mas a água é bastante gelada, e o fundo do mar coberto de pedras e ouriços, o que assustava, assim prefiri não entrar mais do que a altura dos joelhos e retornar a minha cadeira para mais uma cervejinha.
A Betinha ficou tostando no sol, e acabou se queimando, ou seja, deu uma de turista... rsrsr. Depois acabamos de reservar um albergue bem baratinho pra descansar e tomar banho e poder finalmente seguir viagem.
No dia 11 a noite, finalmente pegaríamos o nosso ônibus e seguiríamos para o destino final de nossa viagem, o deserto do Atacama.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
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