sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Expedição: Juntos até o fim do mundo - Dia 29/12 - Torres del Paine - El Calafate

Acordamos cedo para pegarmos o barco e navegarmos até o glacial. Tomamos café e seguimos primeiro de onibus e depois a pé até a praia, onde pegamos um bote e seguimos até um grande barco.

O barco nos leva lentamente pelo Lago Gray até o Glacial, pelo caminho podemos observar vários blocos de gelo desprendidos que forma esculturas moveis a enfeitar a paisagem. Tambem podemos observar ao lado o incendio que parece ter ganhado dimensoes de catastrofe. No caminho ao barco encontramos bombeiros que dizem que o fogo esta incontrolavel, deixando todos um pouco tristes e preocupados.

O barco chega do lado do muro de gelo, o glacial que parece ser contido por um pequeno monte de terra que o divide em dois lados. A visao deste bloco de gelo é qualquer coisa de impressionante. O visual é fantastico.

Depois de mais de 3 horas no barco, voltamos ao hotel. Ai começa a nossa epopeia para sair do parque. Tinhamos que chegar a Laguna Amarga, acontece que o hotel cobrava o translado para qualquer parte, e o translado para Laguna Amarga saia uma fortuna US$ 130,00. Haviamos perdido a hora do onibus regular, entao decidimos ir de translado até a administraçáo do parque e de lá buscarmos uma opçáo para chegar a Laguna Amarga. Acontece que o parque estava uma bagunça por conta do incendio. O fogo chegou até a margem oposta do nosso hotel e depois descobrimos que o parque inteiro estava praticamente coberto pela fumaça.

Ao chegarmos a administraçao do parque que descobrimos o quanto a coisa estava feia. Policiais para todo lado, redes de televisao e carros de bombeiros. Eles estavam evacuando uma serie de hoteis inclusive o nosso, e nao havia muitas opçoes de transporte. Aguardamos a companhia de turismo que haviamos contratado para nos pegar na Laguna Amarga e iriamos pedir para que eles nos levassem mais um trecho (Esta empresa havia nos avisado que normalmente o onibus chega cheio até a adminstraçao, por isto deveriamos seguir direto para a Laguna Amarga).

A empresa de turismo veio com o onibus cheio, e o motorista (nosso grande amigo Leonel) a principio nao queria nos levar por conta dos policiais que nao permitiam excesso de passageiros. Mas depois da intervençao do nosso amigo e guia Jorge e da promessa da Betinha em casamento ao Leonel, conseguimos uma carona de volta a Laguna Amarga. De verdade, cheguei a temer de ter que ficar em Puerto Natales por nao conseguir sair da regiao por conta do incendio.

Ao chegarmos a fronteiro do Chile com a Argentina vimos que a coisa estava realmente ruim. Ouvimos rumores que o parque seria fechado no dia seguinte, e a fumaça do fogo já chegava a cidade. Enfim...

Sobrevivemos a mais uma catastrofre, chegamos depois de 3 horas de viagem em El Calafate. O Kikinho já estava no albergue nos esperando, meio boracho, por causa do vinho. Encontramos tambem um casal simpatico de brasileiros e trocamos detalhes das nossas aventuras.

Amanha seguimos a El Chalten. Até agora aventura 100/

Expediçao: Juntos até o fim do mundo - Dia 28/12 - Torres del Paine

Acordamos por volta das 8h para o nosso café. Decidímos que iriamos caminhar, e estavamos tentados a subir o Cerro Ferrier. Se não me engano ele tem 1590 metros de altura em relaçao ao nivel do mar, mas a subida é bem ingrime e de 700 metros. Como aperitivo ao que estar por vir, decidimos topar. A subida estava classificada como difícil, e especialmente para Marina que não está acostumada a fazer trekking, seria um desafio a parte.




O vento forte e "estúpido" como nós o apelidamos por aqui, nos acompanhou por toda a subida. Mas a cada ponto de parada que alcançávamos tínhamos as energias renovadas, porque o lugar é lindo e a vista expetacular. A Marina surpreendentemente conseguiu subir mais que a metade do trajeto e só parou porque as pernas não estavam mais aguentando. Eu e a Betinha passamos pela floresta encantada e chegamos ao topo. Antes da chegar ao topo dei de cara com um veado na subida, deve ser o ar fresco. Ainda bem que ele nem deu bola pra mim e continuou a comer o seu mato sossegado.




O topo do Cerro Ferrier é um capítulo a parte. Eu achava que sabia o que é ventania, mas agora tenho uma outra definição para o substantivo, ventania é o que venta no cume do Cerro Ferrier. Era impossível ficar em pé, a Betinha quase saiu voando, e a força do vento juntando se a sensação termica fez parecer que a minha jaqueta fosse uma blusa regata. Apesar do pouco tempo que conseguimos ficar lá em cima, uns 15 a 20 minutos no máximo, os nossos dedos começaram a congelar e a temperatura havia caído muitíssimo. Foi o único lugar até agora que senti frio.




A volta foi muito tranquila, viemos em companhia de uma família francesa que achava que a Betinha era a minha filha, fiquei preocupado, rsrsrs, talvez seja a hora de tingir o cabelo. :-)




Cinco horas depois, com os joelhos reclamando devido a forte decida, estavamos de volta ao hotel, pronto para devorarmos um hamburguer gigante e descansarmos um pouco. As meninas foram tirar uma sonequinha no quarto, e eu como nao gosto muito de descansar a tarde, sai para uma caminhadinha basica de 2 horas. Fui ate o Camping Pingo seguindo por um bosque lindo e um descampado ao lado do rio. O camping é formado por uma cabaninha bem sem vergonha e um mato mal cuidado. Mas havia 4 cavalos por lá lindos, que deram um show a parte. Estavam bailando em pleno descampado, coisa de cinema.


A nota triste do dia ficou para o incendio, que começou no dia em que chegamos ao Paine e que hoje já estava fora de controle. Uma tristeza ver o fogo devorando uma boa parcela do parque bem em frente ao nosso hotel.


Amanhã será o último dia nosso aqui neste paraíso. Com certeza um dos lugares mais lindos do mundo.

Expediçao: Juntos até o fim do mundo - Dia 27/12 - El Calafate - Torres del Paine


De madrugada (novamente) acordamos para tomar nosso café da manhã, já que nosso ônibus nos levaria ao nosso primeiro destino as 5h30. Estavamos saindo do nosso aconchegante albergue, o America del Sur, pela primeira vez em direção a Torres del Paine. Escolhemos El Calafate para ser a base de nossos passeios, assim , dormiremos vários dias no America del Sur, só que intercalando nossa hospedagem com outros passeios. A primeira parte da viagem foi bacana principalmente pela paisagem impar que a Patagonia possui. Um imenso deserto cercado por montanhas lindas e altas.



Nosso albergue: O America del Sur


Como sempre, atravessar a fronteira do Chile com qualquer país é um teste de paciência. E não foi diferente para cruzarmos da Argentina para o Chile. Ao chegar em Puerto Natales, a pequena cidade de fronteira, trocamos dinheiro e nos preparamos para entrar no tão esperado Parque Nacional de Torres del Paine.


Ao se aproximarmos do parque é possível entender a bem justificada fama do lugar. As Torres, um conjunto de montanha que se erguem no meio de uma vegetação rara e lagos azuis, verdes ou cinzas são algo de tirar o folego. O tour foi bem bacana. O nosso guia, o Jorge, um índio se não me engano da etnia Patchua, nos levou a lugares impressionantes, a laguna Amarga, ao Lago Pehoe, as cataratas, e ao museo. Na excursão tivemos a companhia de um cantor turco que conhecia tudo de futebol e ficou encantado com a Betinha e um casal(?) de austriacos.


Uma coisa que é notável é o número de brasileiros por aqui. Em toda parte é possível encontrar um. Na nossa excursão havia um casal que ficou escondido até o último minuto. Acho que era pra evitar a vergonha de nós. rsrsrs Terminamos a tarde no nosso fantástico hotel no Lago Gray. O lugar é coisa de cinema. A vista é para o lago, as montanhas e ao longe, o glacial. É possível ver a praia com alguns pequenos icebergues flutuando. Um espetáculo.



Vista de cinema das Torres del Paine




Enquanto as meninas se arrumavam, eu aproveitei para uma breve caminhada pela praia, lindíssima. Outra coisa que impressiona é o vento e a velocidade que o tempo muda por aqui. Em 1h e meia de caminhada, peguei frio, chuva, sol e vento, com direito a um arco iris de despedida.




Um guánaco!



Por fim ceiamos como reis e dormimos como anjos.

Expediçao: Juntos até o fim do mundo - Dia 26/12 - Buenos Aires - El Calafate

Graças a nossa querida Aerolineas Argentina, o dia 26/12 foi um dia perdido. Como haviamos ido dormir tarde no dia 25/12 por conta do nosso tour, acordamos por volta das 9h e terminamos de tomar café quase 11h (A Marina tinha vôo para El Calafate as 8h da manhã e nos deixou de madrugada). No café da manhã tivemos a companhia do atendente figura do nosso albergue, que diz a má lingua da Betinha que ficou morrendo de amores...por mim... Estes argentinos, não sei não!



Nosso carinhoso amigo argentino!!!



Intrigas a parte, depois de caminhar um pouco pelo centro da cidade já estava na hora de irmos ao aeroporto, já que a companhia aerea havia adiantado o vôo em 40 minutos para as 15h. Chegamos lá, o vôo atrasa o embarque em 30 minutos, depois, dentro da aeronave, ficamos parados por mais 2 horas estacionados, morrendo de calor enquanto os funcionários da empresa tentavam resolver um problema no banheiro do avião, depois fomos todos despejados do avião e tivemos que aguardar mais 1 hora e pouco até trocarmos de aeronave e podermos decolar. Uma beleza. Chegamos em El Calafate quase 22h. Enfim, só deu tempo de comer uma pizza, conhecer o nosso companheiro de quarto: Hussein, um tìpico canadense a começar pelo nome.



No albergue provando uma cervejinha regional (ruim por sinal)

Expedição: Juntos até o fim do mundo - Dia 25/12 - São Paulo - Buenos Aires

Contamos com a ajuda da lindíssima motorista e minha fantástica namorada Luana para levar-nos até o aeroporto de Guarulhos. O nosso vôo sairia as 20h40 e como bons brasileiros chegamos cedo para evitar problemas com a alfandega. A Marina pegaria o vôo alguns minutos antes e chegaria a Buenos Aires antes que nós, eu e a Betinha. O Kikinho, último da trupe se uniria a nós apenas em El Calafate, 4 dias depois.


Eu e a minha linda na nossa última foto de 2011! Saudades !!!



O embarque foi tranquilo, mas como não poderia deixar de acontecer a primeira surpresa já veio logo após o desembarque. E desta vez, as malas chegaram... O ponto é que por irmos em vôos diferentes, eu e a Betinha marcamos de encontrar a Marina no MacDonalds do aeroporto, que a Marina jurou de pé junto que era super fácil de achar. Descobrimos apenas em Buenos Aires, depois de perguntar quanto ao MacDonald em nosso aeroporto, que haviamos ido para aeroportos diferentes. E para piorar, a Marina estava com o celular desligado e sem o endereço do nosso albergue.



Os 3 reis magos, ou melhor, 1 rei e duas rainhas magas. kkkk


Depois de umas mil mensagens de texto, e recados na caixa postal, conseguimos a façanha de nos encontrarmos no albergue e começarmos a nossa aventura rumo ao fim do mundo. A primeira diversão foi o nosso tour noturno em Buenos Aires da meia-noite as três da manhã. A cidade é lindissíma e vale um passeio a parte. Como o nosso foco era a Patagonia e o Fim do mundo propriamente dito, nos contentamos em conhecer o congresso, a casa rosada, Porto Madero, o obelisco e o Banco Itaú. rsrsrs . Algúem poderia facilitar a vida dos turistas incautos e avisar onde é a frente da casa rosada. Nós por exemplo tiramos várias fotos do fundo. :-)




Enfim, a frente da casa rosada!!! (espero...rsrsrs)