Acordamos por volta das 8h para o nosso café. Decidímos que iriamos caminhar, e estavamos tentados a subir o Cerro Ferrier. Se não me engano ele tem 1590 metros de altura em relaçao ao nivel do mar, mas a subida é bem ingrime e de 700 metros. Como aperitivo ao que estar por vir, decidimos topar. A subida estava classificada como difícil, e especialmente para Marina que não está acostumada a fazer trekking, seria um desafio a parte.
O vento forte e "estúpido" como nós o apelidamos por aqui, nos acompanhou por toda a subida. Mas a cada ponto de parada que alcançávamos tínhamos as energias renovadas, porque o lugar é lindo e a vista expetacular. A Marina surpreendentemente conseguiu subir mais que a metade do trajeto e só parou porque as pernas não estavam mais aguentando. Eu e a Betinha passamos pela floresta encantada e chegamos ao topo. Antes da chegar ao topo dei de cara com um veado na subida, deve ser o ar fresco. Ainda bem que ele nem deu bola pra mim e continuou a comer o seu mato sossegado.
O topo do Cerro Ferrier é um capítulo a parte. Eu achava que sabia o que é ventania, mas agora tenho uma outra definição para o substantivo, ventania é o que venta no cume do Cerro Ferrier. Era impossível ficar em pé, a Betinha quase saiu voando, e a força do vento juntando se a sensação termica fez parecer que a minha jaqueta fosse uma blusa regata. Apesar do pouco tempo que conseguimos ficar lá em cima, uns 15 a 20 minutos no máximo, os nossos dedos começaram a congelar e a temperatura havia caído muitíssimo. Foi o único lugar até agora que senti frio.
A volta foi muito tranquila, viemos em companhia de uma família francesa que achava que a Betinha era a minha filha, fiquei preocupado, rsrsrs, talvez seja a hora de tingir o cabelo. :-)
Cinco horas depois, com os joelhos reclamando devido a forte decida, estavamos de volta ao hotel, pronto para devorarmos um hamburguer gigante e descansarmos um pouco. As meninas foram tirar uma sonequinha no quarto, e eu como nao gosto muito de descansar a tarde, sai para uma caminhadinha basica de 2 horas. Fui ate o Camping Pingo seguindo por um bosque lindo e um descampado ao lado do rio. O camping é formado por uma cabaninha bem sem vergonha e um mato mal cuidado. Mas havia 4 cavalos por lá lindos, que deram um show a parte. Estavam bailando em pleno descampado, coisa de cinema.
A nota triste do dia ficou para o incendio, que começou no dia em que chegamos ao Paine e que hoje já estava fora de controle. Uma tristeza ver o fogo devorando uma boa parcela do parque bem em frente ao nosso hotel.
Amanhã será o último dia nosso aqui neste paraíso. Com certeza um dos lugares mais lindos do mundo.
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