Pergunta se não acordamos super tarde? 8h30 estavamos levantando e até tomar café já era quase 10h. Ainda tivemos que comprar mantimentos e agua para a caminhada então estavamos para iniciar o caminho a Fitz Roy quase 11h. Para uma caminhada de minimamente 9 horas, o horário era bem desaconselhável. Mas como aqui escurece tarde, e como estavamos de frente a uma oportunidade única, era pegar ou largar.
Você não deve me conhecer muito bem, se achou que iria largar. rsrsr Então começamos a nossa subidinha que já na primeira hora nos mostrou que o caminho valeria a pena. Pela primeira vez consegui filmar condores (4 lindos e gigantes) sobrevoando as nossas cabeças. Impressionante. No dia anterior já havia conseguido ver um em perseguição a uma pequena ave no ar, mas tinha sido muito rápido e não havia nem tempo de pensar em pegar a camera.
Depois de umas 2h e meia de caminhada, chegamos ao acampamente e Laguna Capri. Um lugar lindo. A lagoa, com águas cristalinas do degelo, fazia nos ter certeza que a caminhada indubitalvelmente valeria a pena. A paisagem era de tirar o folego, e por incrivel que pareça, mudava a todo instante. Passávamos por paredões de pedra, desfiladeiros, bosques, pântanos, rios, terrenos arenosos, glaciais, enfim, uma variedade de cores e sentidos.
Apos 3 horas e meia, chegamos ao acampamento Poicenot, que é o nome de um dos picos do Fitz Roy e também o nome do nosso hotel. O acampamento era bem bacana, e aproveitamos para ir ao banheiro e comer o nosso lanchinho. Ainda faltava a ultima e mais difíl parte do nosso trajeto, a subida ao mirante das Tres Lagunas, aos pés do Fitz Roy.
Até aqui a caminhada era extensa e com um pouco de aclives e declives, mas tudo muito sossegada. A última 1 hora e pouco da nossa caminhada era em aclive forte e pedregoso. Um exercício para as pernas e os joelhos. Que dureza. A subida parecia que não acabava nunca, em especial devido ao vento e a chuva que de tempos em tempos nos castigava. Toda hora encontrávamos alguém descendo pela trilha e ao pergunta quanto faltava a resposta era a mesma, uma meia hora, quarenta minutos... rsrsr. Parecia que não nos movíamos.
Mas uma hora finalmente chegamos, que lugar lindo. Talvez tenha sido uma das visões mais lindas de minha vida. Primeiro, um lago de águas transparentes rodeados por montanhas. Em pleno verão, um punhado de neve nas encostas das paredes dava um ar paradisíaco ao local. E por fim, ao caminhar mais um pouquinho viamos uma segunda lagoa ao fundo, azul cor do céu, de tirar completamente o fôlego.
Sei que deveria haver uma terceira lagoa, mas pelo andar das horas, mais de 17h30, era prudente que começássemos a decido com o risco de perdermos a luz do sol e também, possivelmente a ceia.
A volta foi cansativa pois estávamos todos exaustos. Fizemos-la quase sem paradas e conseguimos chegar em El Chalten as 21h30. Quase 11 horas de caminhada. Uma dureza. Estavamos todos em menor ou maior grau bem detonados. Mas valeu a pena cada um dos passos que demos para conhecer o paraíso que conhecemos.
Depois de conquistar Fitz Roy (o nome do meu filho, rsrsrs), fomos tomar um banho e corremos para a ceia. Terminamos o ano comendo um bife de chorizo enorme e apetitoso, e um gostoso sorvete com brownie num albergue restaurante ao lado do hotel. E começamos o ano dançando Michel Teló e o hit: Ai se eu te pego. rsrsrsrs
Realmente começamos felizes 2012. :-)
domingo, 1 de janeiro de 2012
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