segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Expedição: Juntos até o fim do mundo - Dia 02/01 - El Calafate - Perito Moreno

Acordamos as 6h30 da manhã e saimos a 7h para mais um grande dia de caminhada. Se dirigimos ao Parque Nacional dos Glaciares onde iríamos fazer o treking conhecido como Big Ice, que é uma pura aventura no gelo.

O ônibus demora umas 2 horas até o parque, de lá seguimos para os "balcões" onde podemos observar o paredão do glacial Perito Moreno, que faz parte dos mais de 300 glaciais que existem na região. Ele é o terceiro em tamanho e é maior em área que a cidade de Buenos Aires.

Na verdade, é o mais estável e por isso é possível fazer caminhadas sobre ele. Os outros glaciais próximos são menos estáveis e podem ser bastante perigosos.

Dos balcões é possível observar gigantes blocos de gelo se despreendendo e caindo na água. O barulho é parecido com um trovão, a imagem é indescritível, e temos a sensação nítida do tamanho que temos neste planeta, perto destes gigantes.

Para chegar ao glacial, pegamos um barco por cerca de 15 minutos, depois caminhamos por mais 1 hora na lateral do glacial antes de entrar propriamente nele.

Caminhar no gelo é uma aventura a parte. Todos usam grampos que são amarrados aos nossos sapatos e fazem a caminhada sobre o gelo ser possível sem perigos de derrapar. Há vantagens e desvantagens nisso. A vantagem obvia é que ficamos bem presos ao chão e fica muito mais fácil subir em paredes de gelo, por exemplo. A desvantagem é que carregamos mais 5 kilos nos pés numa caminhada de 4 horas, e que perdemos boa parte da nossa mobilidade lateral.

De qualquer maneira é como estar em outro planeta, rios sobre o gelo, sob o gelo, montes, planicies, buracos no gelo, um espetáculo. Tivemos a sorte neste ano de poder entrar numa gruta formada por um rio subterraneo que mudou de curso. Entrar numa espécie de caverna de gelo é algo impressionante. O iluminação vai aos poucos se tornando azul, violeta, ultravioleta, negra. E ao sair temos a sensação que o sol está se pondo devido a iluminação constrastante do laranja.

Também tive a chance de bancar o alpinista e subir uma pequena encosta de gelo de uns 3 metros usando picaretas e os grampos nos pés. Divertidíssimo. Tivemos o nosso almoço sobre o gelo e podemos desfrutar cada instante desta aventura mágica.

Por fim, voltamos pelo mesmo caminho da ida, cansados mais super recompensados pelo espetáculo. Pegamos o barco de volta, tomamos um whiskinho com gelo do glacial e provamos um delicioso Alfajor pra fechar o dia com chave de ouro.

Deu tempo, inclusive de chegar ao albergue as 19h e postar mais um pouco de nossa aventura neste blog.

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