Expediçao: 29, 30, 31 de dezembro e 01 de janeiro

No dia 28 para o dia 29 fizemos uma longa viagem de onibus de Santa Cruz de La Sierra para Cochabamba. Conseguimos um onibus semi-leito que nao foi nada mal. Como disse a Betinha, foi uma semi-viagem onde semi-dormimos e chegamos finalmente em Cochabamba.

Onibus utilizado no transporte urbano de Cochabamba

Em Cochabamba fomos recebidos pela irma Alejandra, que foi nossa anja de guarda durante todo o nosso breve tempo na cidade. Como gastamos muito tempo recuperando a bagagem, que perdemos 1/2 dia e uma noite de sono bem dormida na cidade. (que fez diferença no final).

Nossa anja, a missionária Alejandra

Em Copacabana subimos ao Cristo e o espertao aqui quis descer os 1350 degraus da escadaria mais rapido que o teleferico. Consegui, e minhas pernas estao lembrando disto até hoje. rsrsr

Dizem que o Cristo da cidade é maior que o do Rio. De fato Ele é muito bonito, mas a vista nao chega aos pés do original. Cochabamba nao é uma cidade especialmente atraente.

Eu e a Ana em pose de artista junto ao Cristo de la Concordia em Cochabamba

Depois fomos ao mercado fazer compras e saimos correndo, como tem ocorrido com frequencia nesta viagem, para pegar o nosso onibus, agora para La Paz.

Desta vez pegamos um onibus leito, ufa, uma noite um pouco melhor dormida. A temperatura a noite despenca, e se nao fosse a jaqueta que trouxe comigo passaria muito frio no onibus. O trajeto para La Paz é fantastico, mesmo tendo feito-o por boa parte a noite. Vi um dos mais lindos nascer do sol de minha vida na estrada, as cores do sol na cordilheira é algo impressionante.

Chegamos no dia 30 (meu aniversário) na cidade de La Paz, que ao meu modo de ver é fantastica, e vale uma outra viagem a parte só para conhecer os seus arredores. Uma pena que ficamos muito pouco tempo na cidade.

Betinha descansando em nosso Albergue passagem em La Paz

A parte alta da cidade, a periferia, é muito pobre, um contraste com os bairros nobres da zona sul e do centro. A cidade Alta fica a mais de 4.000 mts de altitude, e foi o primeiro dia que senti a altitude. O engraçado é que a parte baixa deve chegar a menos de 3500 mts de altitude, é como descer uma serra de Santos...

A parte alta ao fundo vista da parte baixa de uma das estreitas ruas do centro de La Paz

Resolvemos alugar um quarto para deixar as bagagem, e assim poder andar na cidade um pouco mais tranquilo. Fizemos um tour ao Vale da Lua na zona sul,

Vale de La Luna na zona sul de La Paz, um deserto rochoso

que tem uma paisagem de fato impressionante, e depois fomos a Calle de las Brujas, que dentre as coisas bizarras que tinha pra vender, uma das mais populares eram os fetos de llhamas. Náo entendi bem qual é o uso do utensilio.... e por isto achei por bem nao comprar.

Betinha na duvida entre comprar ou nao o feto de Llhama

Saimos de La Paz a tarde com direcao a Copacabana. Uma viagem em si fantastica. A paisagem do lago é uma das mais impressionantes que tive a oportunidade de ver na vida. Um lugar paradisiaco.

Por do sol no lago Titicaca

O ponto alto foi a travessia do lago em uma pequena balsa que só cabia o taxi.

Atravessando de balsa o lago Titikaka

Chegamos em Copacabana a noite no unico hotel 3 estrelas que ficaremos em toda a viagem. Queriamos passar a virada em grande estilo.

Uma cholita e seus filhos na travessia para a Isla del Sol

No dia seguinte saimos cedo para o passeio na Isla del Sol. Que lugar lindo. Uma ilha bastante rustica com dois povoados um na parte sul e outro na parte norte. Fomos deixados pelo barco na parte norte da ilha onde fomos a um museu bem simples e depois seguimos caminhando até o sul da ilha.

Começando a caminhada no lado norte da Isla del Sol

A caminhada dura 3 horas no total, e somados aos altos e baixos do trajeto e a altitude que beirava sempre os 4.000 mts do nivel do mar, faz dela uma caminhada dificil para alguem gripado (sim, peguei gripe com a sequencia de noites mal dormidas)

O caminho, uma estrada cortando o paraíso

Sem duvida o passeio vale a pena Quase perdemos o barco na volta, porque ficavamos tirando fotos e filmando a quase toda hora... Nesta ilha, conforme a lenda é que se originou o primeiro Inca.

Na foto, a Ana, a argentina Daniele, eu, a Betinha e o francês, nossos companheiros de caminhada

Por fim, voltamos ao hotel, onde tentamos dormir um pouco e nos preparar para a ceia, mas antes, fomos rezar um pouco na mìtica igreja de Nossa Senhora de Copacabana, padroeira da America do Sul.

A celebraçao foi bacana. O ponto alto foi o boliviano que ficava soltando os fogos, ele ficava segurando os apetrechos que soltavam fogos para todo lado e ate agora nao sei como ele nao se queimou... Enfim, o meu segundo reveillon em Copacabana, desta vez na Bolivia, foi tambem inesquecivel.

Reveillon em Copacabana - Feliz 2010

Acordamos tarde e cansados pela caminhada, gripe, altitude e pelo clima seco e de mudancas drasticas, mas continuamos adorando a viagem. Um coisa de sonho. Hoje na hora do almoço pegamos um onibus em Copacabana e seguimos viagem ate Puno.

Cruzamos a fronteira a pé. As estradas no Peru, pelo menos proximas a fronteira sao pessimas, e o motorista fica dirigindo em zigue-zague a 40 kms por hora para evitar os buracos. Coideloco!!!

Finalmente chegamos ao albergue: Bothy, onde fomos super bem recebidos e de onde estou postando esta mensagem. Amanha tem mais.... pelo menos para nós aqui.

Ah, e antes que eu me esqueça: Um feliz 2010!!!